quinta-feira, 18 de agosto de 2011

No fundo, era superficial.

Era um neurótico normal.

Perdeu o último voo.

Colecionava vazios.

No clímax, desistiu.

-Quem fez Deus?

Fera pulsante o devorou.

O urso era de papelão.

Godot ainda não chegou.

O espelho revoltou-se.

A erupção foi de rosas.

O elefante encolheu.

A casa vazia quer viver.

Mona Lisa gritou: -Chega!

Todos riram, menos ele.

-Não tem acordo, canalha!

O vilão não veio.

Ele disse não. Ela o matou.

As palavras sumiram.

Ilhou-se em sua mente.

Nasceu de si mesmo.

-Tá demitido -Tá morto.

Sumiu do mapa mudo.

O leão parecia tão manso.

Lamuriou-se.

Irritadiço o ouriço.

Espirrou no ato.

Mordeu o chimpanzé.

O machão fugiu da barata.

O violoncelista tossiu.

Viu todos os minutos.

Ruiu, mas reconstruiu-se.

Choveu dentro dele.

Esperou e desesperou.

Largou-se nas nuvens.

Amanheceu sem manhã.

Viu Deus ao vivo.

Não era da rua, foi posto

O tirano foi enjaulado.

Transou com a sogra.

Espantou o espantalho.

Semeou sons.

O antagonista era ele.

Assaltou o mendigo.

Afundou o próprio navio.


Fez doutorado. - Demitido.

Subiu e sumiu.

O russo falou grego.

Perdi o fio da história.

Desleu todos os livros.

Sonorizou o nada.

Tocou o sino e se matou.

Era um adjetivador de si.

Soprou a luz.

Hilário era hilariante.

Jogou a dor no lixo.

Aprendeu a não ser.

O carro atropelou o dono.

Persegui o fantasma.

O piloto surtou no ar.

Tornava difícil o fácil.

Alucinou os normais.

Passeou girassóis.

Cavalgou sem cavalo.

O cão miou por defeito.

Matou dez vampiros.

Era belicoso de pose.

Caiu na merda e riu.

O canibal enjoou.

Era linda, mas de pedra.

O governo desgovernou.

- O rei ruiu.

Lavou os pensamentos.

- Fui. Cheguei.

Toda vida era ali mesmo.

Comia vidro e digeria.

Mudou do não para o sim.

Afogou-se no espelho.

Pacífico revoltou-se.

Saiu pela entrada.

O zelador não zelou.

Engasgou com o vento.

O rato engoliu o gato.

Bebeu água de memória.

Limpou a bunda do rei.

Rasgou a morte.

O tigre destigrou-se.

Roubou futuros.

Era corrupto de pai e mãe.

Descolou o medo de si

Atravessou o nunca.

Era um merda e assumia.

Chorava como um rio.

Natália odiava Natal.

Entrou no próprio grito.

Queimou as mágoas no sol.

Acordou azedo e amargo.